Na hora de escolher um plano de saúde, entender os diferentes tipos e modelos de pagamento é essencial para tomar a melhor decisão. Entre os formatos de contrato mais comuns estão a coparticipação e a contributariedade.
Apesar de parecerem similares, elas possuem diferenças significativas que impactam diretamente no custo, orçamento e na utilização dos serviços de saúde pelos beneficiários. Enquanto a coparticipação é uma característica do contrato, a contributariedade é uma forma de pagamento.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou o número de beneficiários de planos de saúde até abril de 2024, e foi constatado que 51.031.239 possuem uma assistência médica particular. Diante disso, é essencial tratarmos deste tema e tirarmos todas as suas dúvidas antes de você aderir a um plano de saúde empresarial.
Neste artigo, vamos explorar o que é cada um desses modelos, como eles funcionam, suas diferenças e as vantagens que oferecem.
O que é Coparticipação?
Neste modelo de plano de saúde o beneficiário paga uma parte dos custos dos serviços utilizados. Ele visa compartilhar a responsabilidade financeira entre a operadora de saúde e o usuário, incentivando o uso consciente dos serviços médicos.
No modelo de coparticipação, o usuário contribui com uma porcentagem do custo do atendimento ou com um valor fixo previamente estabelecido no contrato do plano.
Por exemplo: se uma consulta médica custa R$ 200 e a coparticipação é de 20%, o usuário pagará R$ 40. Esse valor é adicional à mensalidade paga pelo plano de saúde.
O que é Contributariedade?
A contributariedade, por outro lado, refere-se à divisão dos custos do plano de saúde entre a empresa e os funcionários. Nesse modelo, a organização arca com uma parte do custo do plano de saúde e o colaborador contribui com a outra parte, descontando diretamente de sua folha de pagamento, independente da utilização.
A proporção pode variar conforme o acordo entre empregador e empregado, e pode ser uma porcentagem do total ou um montante fixo, mas o objetivo principal é facilitar o acesso ao benefício de saúde, dividindo os custos de maneira equilibrada e acessível.
Por exemplo: em um plano de saúde com contributariedade, a empresa pode cobrir 70% do valor da mensalidade, enquanto o funcionário paga os 30% restantes.
As principais diferenças entre Coparticipação e Contributariedade
Embora ambos os modelos envolvam a participação financeira do beneficiário, existem diferenças claras entre eles, como:
1. Pagamento
Na coparticipação o beneficiário paga uma parte dos custos dos serviços médicos utilizados. Enquanto na contributariedade, a empresa e o funcionário dividem o custo total da mensalidade do plano de saúde.
2. Utilização
A coparticipação incentiva o uso consciente dos serviços médicos, pois o usuário paga uma parte dos custos de cada atendimento. Já a contributariedade facilita o acesso ao plano de saúde ao dividir os custos, mas não influencia necessariamente o comportamento de uso dos serviços.
3. Impacto Financeiro
A coparticipação reduz a mensalidade do plano, mas pode resultar em custos adicionais variáveis para o usuário. Ao passo que a contributariedade distribui o custo do plano, tornando-o mais acessível, sem despesas adicionais por uso, além de gerar um passivo para as empresas conforme a Lei 9.656/98, tratado nos artigos 30 e 31.
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